quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Os nossos dias


Corre o tempo,

Acelera a marcha
Ao sabor do vento, 
Relógio que não pára.
Vai depressa, 
Volta agora!
O relógio apressa
Quando dá a hora.
O mundo frenético
Não deixa de girar.
O homem elétrico
Corre sem andar.
De menino passa a homem,
Num instante sem parar.
De repente já foi ontem,
Para o futuro olhar.
Contam-se os dias,
Contam-se as horas
Sem contar afinal.
Acaba o dia, já é noite,
Mais um conto sem igual.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014












São voltas e voltas,
Assobios incessantes,
Tempestades rompantes
Que nos devolvem
À condição de pequenos,
Humildes e serenos.
Tocam os sinos e as sirenes
Da urgência, a assinalar 
A vontade das gentes
De se defender, de se abrigar.
Cresce a turbulência,
O desdém à existência
Dos comuns, dos fracos,
Como espinhos em cravos.
Em mares revoltos,
Torna viagem a maré,
Que provoca nos saudosos
O sucumbir da sua fé.
E eis se não quando,
Volta a luz do Sol quente
E dá um novo alento
À vida desta gente.