quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Os nossos dias


Corre o tempo,

Acelera a marcha
Ao sabor do vento, 
Relógio que não pára.
Vai depressa, 
Volta agora!
O relógio apressa
Quando dá a hora.
O mundo frenético
Não deixa de girar.
O homem elétrico
Corre sem andar.
De menino passa a homem,
Num instante sem parar.
De repente já foi ontem,
Para o futuro olhar.
Contam-se os dias,
Contam-se as horas
Sem contar afinal.
Acaba o dia, já é noite,
Mais um conto sem igual.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014












São voltas e voltas,
Assobios incessantes,
Tempestades rompantes
Que nos devolvem
À condição de pequenos,
Humildes e serenos.
Tocam os sinos e as sirenes
Da urgência, a assinalar 
A vontade das gentes
De se defender, de se abrigar.
Cresce a turbulência,
O desdém à existência
Dos comuns, dos fracos,
Como espinhos em cravos.
Em mares revoltos,
Torna viagem a maré,
Que provoca nos saudosos
O sucumbir da sua fé.
E eis se não quando,
Volta a luz do Sol quente
E dá um novo alento
À vida desta gente.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"Carpe Diem"

Uns, com os olhos postos no passado,
Vêem o que não vêem; outros, fitos
Os mesmos olhos no futuro, vêem
O que não pode ver-se.

Porque tão longe ir pôr o que está perto -
A segurança nossa? Este é o dia,
Esta é a hora, este é o momento, isto
É quem somos, e é tudo.

Perene flui a interminável hora
Que nos confessa nulos no mesmo hausto
Em que vivemos, morreremos. Colhe
O dia, porque és ele.

(Fernando Pessoa)

sábado, 21 de agosto de 2010

Sons de crença

Ouve-se já o som do foguete que anuncia a boa hora, trazido pelas brisas calmas e frescas do entardecer.
Trocam-se olhares entre vizinhas que espreitam à janela, aguardam esse som bem-vindo que tarda em aparecer.
Os pátios outrora repletos de crianças brincando, rindo das brincadeiras inocentes, tornam-se quietos, vazios, assombrados pelas vozes que lá já não estão.
Enchem-se agora as casas de gente, as janelas repletas de luz.
Voltam a ouvir-se os sons dos tachos e panelas cujos apitos assobiam com a urgência de quem quer comer.
Juntam-se à mesa novamente as famílias, as gentes desta terra de tons laranja, à sombra de crenças e conceitos transmitidos de geração em geração.
Preparam-se as crianças para os costumes e lendas de sempre, seguidas com afinco e afeição.
Assim foi, assim é, assim será. Insha'Allah.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cidade

Não existem as cidades,
são nossas viagens que criam roteiros-mapas de superfície luminosa.
As cidades não existem,
só os encontros são reais,
as prolongadas conversas capazes de transformar qualquer lugar em praia deserta ao anoitecer.

(Cláudio Willer)

Sonhos vendidos em bares

sonhei ser um poeta
&
escrevia canções de marinheiro
palavras fortes & poderosas colidindo
nas muralhas de aço & concreto
erguidas em mentes fracas
&
adormecidas
substituindo um hobby de juntar papel doce
para engravidar jovens de pensamentos estéreis

eu sonhei que era poeta
as palavras brilham douradas e
começam uma nova febre de ouro
nos bares onde nossos poemas e canções são cantados
mas
a luz do sol entra pelas venezianas
e os olhos cegos odeiam o passar do tempo

relógios suando
jurando escravos
da última moeda
uma assombrosa viagem de uma moeda

o suor insulta
o orgulho do poeta
palavras param no vermelho
e avançam no verde

sonhos de poeta
que terminam numa fábrica
um em um milhão despercebidos
compram sonhos vendidos em bares...

(Miguel Piñero)

domingo, 15 de agosto de 2010

A continuação

Eis que ainda por cá ando...
Foi uma semana de desafios.
Enquanto uns descansam-se, dormem, esperam que o sol toque no fio do horizonte para finalmente se poderem regalar com os prazeres terrenos, outros, eu, tento sobreviver nestes costumes tão únicos e tão diferentes dos que conheço.
É Ramadão, fecham-se as portas e janelas, na luz intensa do calor, para mais tarde, no crepúsculo se avivarem as ruas, os becos escuros, ainda que iluminados pela luz da lua.
São horas intermináveis de purificação à sombra de ideais e crenças milenares para jovens e velhos, mulheres e homens, adultos e crianças.
E assim anda vagarosamente um país, uma cidade, enquanto alguns ainda vagueiam pelas ruas à espera que as horas passem.
Trocam-se cumprimentos e palavras cuidadas pelas ruas adormecidas ao sol.
Já sob o luar, enchem-se de alegria e multidão todos os lugares antes desertos de gente.
Recomeça um novo dia em cada noite de verão.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Marrocco - o inicio

Começou agora a minha aventura por estas terras em tons laranja... novas pessoas, novos cheiros, novas texturas, novas imagens...
Uma pequena aventura com pontuações de emoção, de sentimentos fortes, de saudade, que com certeza deixará episódios para mais tarde recordar.
Fica aqui o primeiro registo de mais...

'Cenas dos próximos episódios...'

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Borboleta Azul

Voa, voa…

Sob o céu azul,

Cristalino como água,

Voa, voa…

Sente o vento nas asas,

Brisas calmas e frescas,

Brisas de verão,

Levam-te para longe.

Seguras-te numa pequena folha

De uma árvore, num ramo.

Sentes vontade de mudar.

A metamorfose do teu ovo

Para a lagarta rastejante,

Segues caminho para crisálida

E daí, para a borboleta que és,

Azul que és, livre que és…

E voas, voas…

Voa, borboleta azul, voa…

Bate asas e voa.

A vida na aldeia

Tocam os sinos da igreja

Chamam as gentes, dão as horas,

Ouvem-se em toda a aldeia

Acertam-se os relógios agora.

Ouvem-se cânticos

Comuns às gentes da terra

Trocam-se cumprimentos,

Trocam-se lamentos.

Dão-se os bons dias

Com cheiro a pão quente,

Saído do forno da vizinha

Que falta aos bons dias da gente.

Correm as crianças, frenéticas,

Em brincadeiras e risotas,

Pisam poças de água tépida,

Enchem de lama as botas.

Passam-se minutos, horas,

Sem que as gentes dêem conta.

O cheiro a pão transforma-se

Em cheiro a couves e feijão.

São chamadas as crianças

Pelas mães em aflição,

Tornam a casa, na esperança

De uma bela refeição.

E lá vão elas, contentes,

De mãos dadas, em par,

Cada uma para sua casa

Para um beijo à sua mãe dar.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

No topo da cidade

Abrem-se os céus,
Criam-se caminhos.
Travam-se novas amizades
E trocam-se conversas.
Ouvem-se gargalhadas
Ao som do mar desta cidade.
Cantam-se notas de embalar
Levadas pela brisa da noite,
No topo do mundo
No topo do ar
Longe dos passeios à beira mar.
Brilham as estrelas
Ofuscadas pelo brilho da noite,
Pela luz da lua que suspira no mar.
Colhem-se imagens e cheiros,
Sons e sabores de paixão
Para mais tarde recordar.
Assim se gravam os sentidos
Na memória das gentes,
Na memória dos amantes,
No topo do mundo,
No topo do mar.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Sorriso da Lua

Este projecto, este livro, este sonho a que chamamos "O Sorriso da Lua", começa agora a tornar-se realidade. À medida que nos aproximamos da sua materialização, da sua apresentação, tomamos consciência que sim, conseguimos, que é mais um sonho - sonhado quase sem querer por uns e outros amigos, companheiros de viagem - que se concretiza.

Este projecto, tão querido de todos nós, vai colocar mais e mais sorrisos em crianças que já tão pouco têm.

Um grande obrigada a todos os que ajudaram a tornar a vida dessas crianças mais colorida.

Bem hajam pela vossa colaboração.

(Re)encontro

Chovem notas musicais caídas de uma flauta ambulante, numa rua qualquer.
Ouve-se o burburinho de uma manhã soalheira.
Na esplanada de uma praça descansam-se pessoas; esperando que o tempo por elas passe, degustam um café ou um leite aquecido pelo sol.
Gritam os trins das bicicletas que correm de um lado para o outro, frenéticas e cintilantes.
Passa uma brisa calma, fresca, que nos desperta os sentidos.
Tornamos a encontrar-nos como se nunca nos tivessemos perdido.
Retornam ao porto as esperanças outrora naufragadas.
Contam-se agora histórias de tempos perdidos entre caminhos e achados.
Ganham asas novos sonhos como gaivotas em mar revolto de tempestade.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Recomeça

Recomeça
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances,
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…
(Miguel Torga)

domingo, 3 de janeiro de 2010

Viagem de emoções

Há gente, há barulho por todo lado. Crianças riem e choram, brincam. O barulho ensurdecedor em meu redor, vindo de uma máquina esquecida num canto, deixa-me apática, como que adormecida. Esquecida de pensamentos. Ocorre-me uma imagem. Uma imagem de solidão. Bate no peito a vontade de estar contigo, a saudade de te sentir nos meus braços, no calor da noite. Calo-me de palavras e fico a ouvir a música frenética. Cria-se um sentimento forte entre nós. Num súbito momento, passam-se horas sem que o relógio trabalhe. São horas contadas em minutos, segundos. Criam-se esperanças, expectativas vãs. Tratados foram falados, promessas lançadas em alto mar. Tornam-se esquecidas, obsoletas quando te dás conta que há coisas que não comandamos, não dirigimos. São sentimentos e vontades espalhadas no ar sem que as consigamos apanhar. E agora, que solução? O que fazer quando o mundo se altera, se transforma, contra tua vontade, emerge virado ao contrário? Deixamo-nos levar pela maré ou remamos contra ela. Encontrarei a força que me acompanha nesta viagem de emoções, de aventuras, de obstáculos e contradições. O que eu sei, é que nada sei. Como não sei, ...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Natal

O Natal é quando o homem quer.
É uma altura de familia, de reflexão, de paz e de amor.
Momentos de crianças a brincar com a neve,
A pedir mais e mais sonhos, doces e dourados,
E com seus olhos reluzentes de alegria,
Com a felicidade de quem abre uma prenda,
Iluminam as vidas de quem por cá anda.
Correm freneticamente, escondem-se, brincam.
Na inocência de quem não se dá conta da realidade,
Vivem em sonhos e ilusões, abstraídos de maldade.
À volta da mesa, cheia de tradição, trocam risos.
Despertam os que, adormecidos, permanecem à espera.
Esperam por algo que desconhecem.
Vão vivendo suas vidas rotineiramente
Sem se darem conta de que ela por eles passa.
São risos de crianças alegres,
São o Natal que o homem quer.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sonhos

Sabiamente, um dia, alguém disse que por vezes, na vida, depositamos pequenos sonhos em grandes pessoas. Mas com o passar do tempo, descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos, e as pessoas pequenas demais para eles... mais palavras para quê?
Vai onde te leva o coração e, se errares, se tiveres que chorar, chora... chora tudo... limpa-te de culpas e medos.
Levanta-te e continua.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Carta de despedida aos amigos (Gabriel Garcia Marquez)

"Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais.
Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.
Andaria quando os outros páram, acordaria quando os outros dormem.
Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate...
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.

Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas...
Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida, não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado plo Amor.
Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.
Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês Homens...

Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão, pela 1ª vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer..."

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Caloirice em santarém

Et voilá... começou. Primeiro estranha-se, depois entranha-se... lol
Cá estou eu nas praxes de Santarém, desta vez já trajada (não vão elas praxar-me outra x... :D) a dar apoio aos caloiros meus colegas e a dar uma espreitadela nas maldades das veteranas de Santarém...
Mais uma vez, às veteranas um grande bem hajam por estas festanças cobertas de risos e aos caloiros (nós) por tornar possível esses risos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Onde o céu é o limite

Mais uma viagem inesquecível coberta de aventuras.
Momentos únicos, magníficos.
Restam as lembranças, as saudades, a vontade de voltar.
Guardo comigo pensamentos e experiências
Que dificilmente esquecerei.
Shanghai

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A tradição académica


Começa aqui a minha caminhada académica... começa aqui o sentido das tradições académicas, das praxes, dos caloiros, dos veteranos, das festas e eventos, da associação académica, do traje, dos emblemas... enfim, de um percurso que com certeza me marcará de alguma forma.


"Sou caloira sou uma besta, tenho merda dentro da testa, sou tarada assexuada...
PUM PUM PUM PUM... palerma disfuncional, vivo na diagonal, nasci para ser praxadaaaa"

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Desconhecido

Quando te vejo
Lembro-me de alguém.
Alguém que conheci
Muito longe daqui.
Talvez noutra vida,
No céu ou no inferno.
Vejo alguém desconhecido;
Esqueci-me do nome,
Da voz, do olhar.
Alguém que jamais
Me poderá amar.
Porque a vida não deixa,
Por culpa de um destino
Ou por um mau caminho.
Desconheço a vida,
O amor, o ódio.
Desconheço a magia,
A felicidade de viver.
Um amar sem dor,
Um sofrer sem amor.
E porque a vida não deixa,
Espero a morte lentamente
Como se não quisesse chegar,
Como a vida não acabar
E o coração que a sente.
Desconhecido te chamo.
Não te conheço, não sei;
Amiga, sempre serei.
E se a vida mente
Sozinha há-de morrer.
Uma arma bem quente
Que dispara sem querer.
Feliz, felicidade,
Palavras desconhecidas.
Quem não sabe ser feliz
Imagina a felicidade.
Amar o desconhecido;
Impossível sonhar com ele.
A voz, o olhar, o rosto,
Tudo para mim é branco.
Negro é a cor da morte,
Negra a minha sorte.
Vermelho é o sangue.
O inferno encarnado.
O fogo arde e queima
O desconhecido tão amado.
Desconhecido viver
Desconhecido amar
Desconhecido morrer
Desconhecido deixar.

Naufrágio

Sinto-me triste...
Sinto-me só...
Como esquecida em alto mar
Num bote salva-vidas.
Prestes a enlouquecer
Guardo memórias no peito
De tempos vãos, esquecidos.
Encontros quebrados
Por realidades cruéis.
Restam traços e lembranças
Naufragados em mar calmo,
Revolto de pensamentos,
De sentimentos e esperanças.
Guardo comigo tratados e promessas
Cumpridos em parte,
Desejados no todo.
Sigo caminho, remando.
Tropeço em barcos, em navios.
Sem que me vejam,
Sigo caminho, remando...

Anjo solitário

Anjo solitário
Que me aqueces o coração.
Sempre lá para me dar conforto
Nos momentos de solidão.

Anjo solitário
Que olhas por mim,
Que sentes a minha tristeza
E a minha alegria sem fim.

Anjo solitário
Também tens sentimentos.
Esqueces que tens vida,
Estás presente em cada momento.

Anjo solitário
Ouves tantas confissões
E a ti, quem te ouve?
A quem te confessas entre canções?

Anjo solitário
Será que tens um ombro amigo
Que te apoia, o que faz por ti,
Que te ajuda e dá carinho?

Anjo solitário
Não te sintas só.
Tens-me sempre contigo
A ti atada com um nó.

A criança que há em ti

Contas-me histórias
De rir, de chorar,
Aventuras por viver.
Tentas fazer-me sonhar,
Cantas, encantas-me, fazes-me esquecer.
Ousas entrar na minha vida.
Às vezes acho-me perdida.
Corres contra o tempo
Quando tentas não sentir saudade.
As palavras, leva-as o vento;
O sentimento fica para a eternidade.
Segues em direcção ao sol
Com esperança, tentas alcançar
Teus segredos, tuas vontades,
Teu amor, um dia, abraçar.
Sonhas alto, sonhas longe.
Pobre criança, que ilusão.
Isolas-te do mundo, monge,
Embalas-te por uma canção.
Choras lágrimas de alegria
Quando a tristeza bate à porta.
Sorris para a vida com magia,
Sentes que a esperança não está morta.
Tens a força que dá a luz
Do iluminar de uma vela.
Pintas a vida, criança alegre,
Com cores brilhantes numa tela.

A ilha

A ilha
Aquele lugar mágico
Onde rimos, sonhámos,
Onde sentimos emoções que jamais sonhámos sentir,
Onde somos eu e tu, sem medos,
Onde temos a certeza de tudo,
Onde queremos abraçar o mundo
E gritar o nosso amor para quem quiser ouvir.

A ilha
Onde crescemos juntos,
Onde aprendemos a lutar,
Onde a maré nos traz paz,
Onde acordamos e somos felizes,
Onde eu e tu somos um.

A ilha
Onde a liberdade nos envolve,
Onde o céu é o limite
E as estrelas nos iluminam
Como velas, olham por nós,
Onde as ondas cantam, encantam
E o mar... Oh o mar...