quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Natal

O Natal é quando o homem quer.
É uma altura de familia, de reflexão, de paz e de amor.
Momentos de crianças a brincar com a neve,
A pedir mais e mais sonhos, doces e dourados,
E com seus olhos reluzentes de alegria,
Com a felicidade de quem abre uma prenda,
Iluminam as vidas de quem por cá anda.
Correm freneticamente, escondem-se, brincam.
Na inocência de quem não se dá conta da realidade,
Vivem em sonhos e ilusões, abstraídos de maldade.
À volta da mesa, cheia de tradição, trocam risos.
Despertam os que, adormecidos, permanecem à espera.
Esperam por algo que desconhecem.
Vão vivendo suas vidas rotineiramente
Sem se darem conta de que ela por eles passa.
São risos de crianças alegres,
São o Natal que o homem quer.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sonhos

Sabiamente, um dia, alguém disse que por vezes, na vida, depositamos pequenos sonhos em grandes pessoas. Mas com o passar do tempo, descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos, e as pessoas pequenas demais para eles... mais palavras para quê?
Vai onde te leva o coração e, se errares, se tiveres que chorar, chora... chora tudo... limpa-te de culpas e medos.
Levanta-te e continua.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Carta de despedida aos amigos (Gabriel Garcia Marquez)

"Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais.
Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.
Andaria quando os outros páram, acordaria quando os outros dormem.
Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate...
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.

Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas...
Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida, não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado plo Amor.
Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.
Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês Homens...

Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão, pela 1ª vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer..."

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Caloirice em santarém

Et voilá... começou. Primeiro estranha-se, depois entranha-se... lol
Cá estou eu nas praxes de Santarém, desta vez já trajada (não vão elas praxar-me outra x... :D) a dar apoio aos caloiros meus colegas e a dar uma espreitadela nas maldades das veteranas de Santarém...
Mais uma vez, às veteranas um grande bem hajam por estas festanças cobertas de risos e aos caloiros (nós) por tornar possível esses risos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Onde o céu é o limite

Mais uma viagem inesquecível coberta de aventuras.
Momentos únicos, magníficos.
Restam as lembranças, as saudades, a vontade de voltar.
Guardo comigo pensamentos e experiências
Que dificilmente esquecerei.
Shanghai

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A tradição académica


Começa aqui a minha caminhada académica... começa aqui o sentido das tradições académicas, das praxes, dos caloiros, dos veteranos, das festas e eventos, da associação académica, do traje, dos emblemas... enfim, de um percurso que com certeza me marcará de alguma forma.


"Sou caloira sou uma besta, tenho merda dentro da testa, sou tarada assexuada...
PUM PUM PUM PUM... palerma disfuncional, vivo na diagonal, nasci para ser praxadaaaa"

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Desconhecido

Quando te vejo
Lembro-me de alguém.
Alguém que conheci
Muito longe daqui.
Talvez noutra vida,
No céu ou no inferno.
Vejo alguém desconhecido;
Esqueci-me do nome,
Da voz, do olhar.
Alguém que jamais
Me poderá amar.
Porque a vida não deixa,
Por culpa de um destino
Ou por um mau caminho.
Desconheço a vida,
O amor, o ódio.
Desconheço a magia,
A felicidade de viver.
Um amar sem dor,
Um sofrer sem amor.
E porque a vida não deixa,
Espero a morte lentamente
Como se não quisesse chegar,
Como a vida não acabar
E o coração que a sente.
Desconhecido te chamo.
Não te conheço, não sei;
Amiga, sempre serei.
E se a vida mente
Sozinha há-de morrer.
Uma arma bem quente
Que dispara sem querer.
Feliz, felicidade,
Palavras desconhecidas.
Quem não sabe ser feliz
Imagina a felicidade.
Amar o desconhecido;
Impossível sonhar com ele.
A voz, o olhar, o rosto,
Tudo para mim é branco.
Negro é a cor da morte,
Negra a minha sorte.
Vermelho é o sangue.
O inferno encarnado.
O fogo arde e queima
O desconhecido tão amado.
Desconhecido viver
Desconhecido amar
Desconhecido morrer
Desconhecido deixar.

Naufrágio

Sinto-me triste...
Sinto-me só...
Como esquecida em alto mar
Num bote salva-vidas.
Prestes a enlouquecer
Guardo memórias no peito
De tempos vãos, esquecidos.
Encontros quebrados
Por realidades cruéis.
Restam traços e lembranças
Naufragados em mar calmo,
Revolto de pensamentos,
De sentimentos e esperanças.
Guardo comigo tratados e promessas
Cumpridos em parte,
Desejados no todo.
Sigo caminho, remando.
Tropeço em barcos, em navios.
Sem que me vejam,
Sigo caminho, remando...

Anjo solitário

Anjo solitário
Que me aqueces o coração.
Sempre lá para me dar conforto
Nos momentos de solidão.

Anjo solitário
Que olhas por mim,
Que sentes a minha tristeza
E a minha alegria sem fim.

Anjo solitário
Também tens sentimentos.
Esqueces que tens vida,
Estás presente em cada momento.

Anjo solitário
Ouves tantas confissões
E a ti, quem te ouve?
A quem te confessas entre canções?

Anjo solitário
Será que tens um ombro amigo
Que te apoia, o que faz por ti,
Que te ajuda e dá carinho?

Anjo solitário
Não te sintas só.
Tens-me sempre contigo
A ti atada com um nó.

A criança que há em ti

Contas-me histórias
De rir, de chorar,
Aventuras por viver.
Tentas fazer-me sonhar,
Cantas, encantas-me, fazes-me esquecer.
Ousas entrar na minha vida.
Às vezes acho-me perdida.
Corres contra o tempo
Quando tentas não sentir saudade.
As palavras, leva-as o vento;
O sentimento fica para a eternidade.
Segues em direcção ao sol
Com esperança, tentas alcançar
Teus segredos, tuas vontades,
Teu amor, um dia, abraçar.
Sonhas alto, sonhas longe.
Pobre criança, que ilusão.
Isolas-te do mundo, monge,
Embalas-te por uma canção.
Choras lágrimas de alegria
Quando a tristeza bate à porta.
Sorris para a vida com magia,
Sentes que a esperança não está morta.
Tens a força que dá a luz
Do iluminar de uma vela.
Pintas a vida, criança alegre,
Com cores brilhantes numa tela.

A ilha

A ilha
Aquele lugar mágico
Onde rimos, sonhámos,
Onde sentimos emoções que jamais sonhámos sentir,
Onde somos eu e tu, sem medos,
Onde temos a certeza de tudo,
Onde queremos abraçar o mundo
E gritar o nosso amor para quem quiser ouvir.

A ilha
Onde crescemos juntos,
Onde aprendemos a lutar,
Onde a maré nos traz paz,
Onde acordamos e somos felizes,
Onde eu e tu somos um.

A ilha
Onde a liberdade nos envolve,
Onde o céu é o limite
E as estrelas nos iluminam
Como velas, olham por nós,
Onde as ondas cantam, encantam
E o mar... Oh o mar...

Mar vermelho

Vejo o pôr do sol, o céu laranja, sobre o horizonte
E o mar, ondulado, reflete a luz vermelha.
As gaivota voam, loucas, molham o bico, as patas.
Ai como eu gostava de ser uma gaivota agora
E voar... voar sobre o mar
E molhar o bico e mergulhar nesse mar vermelho.

É noite, o céu brilha cheio de estrelas.
Está frio, ouço o mar lá no fundo.
As luzes da cidade iluminam as ondas
Como quem dá lume a uma vela.

Encosto-me ao parapeito para sentir-te junto a mim.
Quase consigo abraçar-te... mas estás tão longe.
Queria sentir a tua firmeza, a tua luz nos meus braços.
Queria sentir os meus cabelos por ti molhados nas costas,
O prazer do teu abraço... envolver-me em ti.

Mar... mar azul que me levas para longe de mim...
Deixo-me levar como um pedaço de madeira pela maré.
Sinto-me feliz, sinto a liberdade que te acompanha.
Sigo para lá do horizonte...
Sigo-te além.

Espírito

Com tanta gente a ver,
Eu nem conseguia olhar
Para teus olhos lindos de morrer
E tua boca beijar.

Após tanta lágrima
E tanta aflição,
Veio a paz, meu amor,
Voltei à solidão.

Triste, me disseram,
Que triste que eu andava.
Mas ninguém sabia dizer
Por que desgosto passara.

Os espíritos vieram ter comigo
A mando de quem eu amo.
Mas depois de já ter morrido,
Tarde demais para um engano.

O mestre estava enganado
Quando mandou ir ter comigo
O espírito encruzilhado
Quando eu já tinha morrido.

Depois de morrer eu disse
'Jamais me tocarão,
Somente me tocam aqueles
Que sempre me amarão'.

Sofrer

Um sentimento
Entre um segundo e outro;
Talvez um momento,
Quem sabe um bater
De quem te quer ver
Ou de quem não o quer.
Pois se afinal
Um momento no qual
Se diz que se quer
Alguém, uma mulher.
Um homem feliz
Não cai por um triz
No erro fatal
De saber amar.
Porque não o sabe,
Faz-te chorar.
E quando dá conta,
Estragou um viver
Que naquele dia
Quase morria
De tanto sofrer.

Inimigo

Um dia apareceste.
À minha frente paraste.
Disseste 'a vida não presta'.
A rapariga que amaste
Te levou até lá,
Onde o sonho é vida
E o mundo esquecer
Porque a doença nascida
Desse amor é viver.
A vida te esqueceu,
Pois ela atraiçou
O amor que morreu
E me amar não deixou.
Com medo eu fico,
Medo de te perder
Para aquele inimigo
Que teimas não esquecer.
Não sei se acreditar,
Se a mim ou a ela amar.
O véu que te desmascara
Diz quem de verdade te amara.
O véu que assim o diz
'Não te iludas, a vida é dor'
Que sabe que não o fiz
Sabe que morri de amor.

Um Amor

Um amor
Claro como o ar,
Quente como o Sol,
Um simples amar.

Um amor
Que se sente
Bem forte
Num coração quente.

Um amor,
Aquele saber
Que aquela dor
Dói ao bater.

Um amor
Que dá sinal
Quando se crê
No sentimento fatal.

Um amor,
A grande sorte
Que apenas acaba
Com a chegada da morte.

domingo, 6 de setembro de 2009

Festa de Verão UAb

Começou assim com uma festa de verão e um passeio no Sado com os golfinhos.

Um dia espectacular para lembrar por muito muito tempo.

Com companhia fantástica e muita diversão, foi um belo começo.

Um grande bem hajam a todos da turma UAb.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ARI

" Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo...
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
Já tive tanto medo ao ponto de não sentir as mãos...
Já expulsei pessoas que amava da minha vida,
Já me arredendi disso...
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já dormi tão feliz ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram...
Já passei horas em frente ao espelho
Tentando descobrir quem sou.
Já tive tanta certeza de mim
Ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois,
Já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância a pessoas que amava
Para mais tarde chorar quieto no meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já senti muita falta de alguém
Mas nunca lhe disse...
Já gritei quando devia calar,
Já calei quando devia gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns,
Já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça
Apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias de final feliz
Para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais
Ao ponto de confundir com a realidade.
Já tive medo do escuro.
Hoje, no escuro, me acho, me agacho, fico ali...
Já caí inúmeras vezes
Achando que não me iria reerguer.
Já me reergui inúmeras vezes
Pensando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria
Apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro
Por levar alguém que eu amava embora.
Já chamei pela mãe a meio da noite
Fugindo de um pesadelo
Mas ela não apareceu
E o pesadelo foi maior ainda...
Já chamei pessoas próximas de amigo

E descobri que não o eram...
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada,
E sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas
Porque não espero acertar para sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim
Porque vou seguir o meu coração.
Não me façam ser quem não sou,
Não me convidem para ser igual
Porque sinceramente sou diferente.
Não quero amar pela metade,
Não quero viver em mentiras,
Não quero voar com os pés no chão,
Quero ser eu mesmo
Mas, com certeza, não serei o mesmo para sempre. "

Autor: Ari dos Santos

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Mar

Naquele lindo dia,
Eu ouvia o que o Mar me dizia.

Chorámos, rimos, cantámos.
Ele falou-me da sua beleza
E eu da minha tristeza.
Infeliz, tentou me alegrar
Pôs-se para ali a cantar.
O seu canto molhado, lindo
Fez-me erguer sorrindo.
O seu hálito perfuma,
Corre na areia a sua espuma.

Parece um deserto
De águas sem fim,
Que meus segredos decerto
Guardará por mim.

A voz do mar, misteriosa;
Voz do amor, da verdade;
Voz doce e carinhosa
Que deixa grande saudade.

Afasta-se, muito calado
Como se estivesse cansado.
O Sol que se está a por
Lembra, o Mar, outro amor.